Capítulo 3
O motorista, que havia acabado de verificar o carro e sem querer sujara seu terno, notou a família Dias saindo da mansão, Ser tempo a perder, apressou para pegar algumas caixas de presente do porta–malas.
A matriarca enfantizou que essas caixas de presente deveriam ser entregues diretamente nas mãos da família Dias.-
Infelizmente, houve uma colisão traseira pouco antes, e algumas caixas ficaram amassadas, perdendo a boa aparência…
“O senhor deve ser o Sr. Dias, correto?” O motorista se aproximou de Wilson Dias, entregando as caixas com educação, “Estes são um pequeno gesto de nossa parte, por favor aceite…”
“Mas isso não pode ser…” Wilson Dias tentou recusar rapidamente, “Você é muito gentil! Ao longo destes anos nós…”
“Dispense os presentes! Leva ela logo e não deixe a família esperando!” Yolanda interrompeu a conversa e, sem mais interesse na cena, entrou na casa.
Com caixas tão danificadas, ela imaginou que não teria nada de bom nelas; afinal, sua família não precisava dessas trivialidades!
Caterina Dias com um sorriso irônico seguiu Yolanda para dentro, ostentando um ar de superioridade como se tivesse ganho uma grande vitória. Quem diria que a família de origem de Isabella era tão inferior? Era realmente gratificante!
Algumas empregadas, com desprezo, desdém ou piedade, também entraram na casa.
Só restou Wilson Dias, em pé e um tanto constrangido, “Então desejo vocês uma boa viagem… Quanto ao presente, considere como um pequeno gesto meu para os mais velhos da família de Isabella…”
“Mas isso…” O motorista não sabia o que fazer, pois as instruções da matriarca eram claras: os presentes deveriam ser aceitos pela família Dias…
A intenção foi clara: que Isabella não se apegasse mais a esse lugar e, uma vez que fosse embora, ela pertenceria a um novo lugar.
“Sr. Dias, por favor aceite este pequeno gesto, Sr. Dias?”
O motorista estava prestes a revelar que dentro das caixas havia documentos de trinta mansões, trinta lojas comerciais, uma conta bancária de três bilhões, além de ginseng e cogumelo ganoderma, que nem mesmo com dinheiro se poderia comprar…
Todos esses eram um pequeno gesto da matriarca.
Mas ao ver Wilson Dias entrando em casa, o motorista ficou em silêncio, cheio de dúvidas: por que parecia que a família não gostava da sexta senhorita?
Será que era apenas sua impressão?
Isabella pegou a porta do carro com as mãos nuas e a colocou de volta com facilidade, “Vamos.”
O motorista ficou surpreso ao ver ela sentada no carro; ela havia colocado a porta de volta? Como ela fiz isso?
Durante a viagem, Isabella olhava distraidamente pela janela, era difícil não admirar seu belo rosto.
O motorista olhava para ela ocasionalmente pelo retrovisor, quanto mais olhava, mais ela parecia com a matriarca quando jovem.
Cada gesto dela exalava uma beleza sofisticada.
“Não é para o Distrito do Rio Direito?” Isabella de repente falou, o olhar caindo sobre o motorista.
“Distrito do Rio Direito?” O motorista voltou a si, “Oh… aquele é o lugar de origem da matriarca, sua casa fica na Cidade Ventoso.”
Cidade Ventoso era a cidade mais desenvolvida economicamente do país.
Ela era dividida em quatro zonas: norte, sul, leste e oeste, sendo a Zona Norte a mais atrasada economicamente.
A Zona Norte era subdividida em Distrito do Rio Acima, Distrito do Rio Abaixo, Distrito do Rio Esquerdo e Distrito do Rio Direito, sendo este último o mais lento em desenvolvimento econômico.
Abaixo do Distrito do Rio Direito, havia quatro subdistritos: Subdistrito Primavera, Subdistrito Verão, Subdistrito Outono e Subdistrito Inverno.
Wilson Dias é o homem mais rico da Subdistrito Inverno.
Embora Wilson Dias tenha lutado a vida inteira, só no início deste ano conseguiu se mudar de uma cidade de terceira categoria para Cidade Ventoso, se tornando o homem mais rico da pequena e atrasada Subdistrito Inverno, no desfavorecido Bairro Norte do ainda mais desfavorecido – na verdade, uma pequena vila na periferia de Cidade Ventoso.
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Capítulo 3
Mas ele estava numa posição intermediária: nem tão alto para ser invejado pelos mais ricos, nem tão baixo que não pudesse olhar os menos afortunados de cima.
Seu patrimônio pessoal já havia ultrapassado um bilhão de reais, e era por isso que Yolanda se sentia superior aos demais.
Quando Caterina Dias entrou em casa e lançou um olhar casual pela janela, ela congelou, incrédula com o que seus olhos viam, “Mãe, o carro deles…”
“O que tem o carro?” Yolanda seguìu o olhar da filha e respondeu com desdém, “Caterina, eu já te disse, a partir de hoje você não tem mais nada a ver com Isabella! Não trate ela mais como sua irmã, bloqueje o contato dela em tudo, e se ela tentar pedir você dinheiro por outros meios, você não vai emprestar, entendeu?”
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