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Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida novel Chapter 5

Capítulo 5 

Assim que a família assinasse o termo de consentimento cirúrgico, poderiam operar com coragem e sem medo. Mesmo que o paciente viesse falecer, o hospital e os médicos não seriam responsabilizados, porque já fizeram o possível.

Entretanto, considerando os sintomas atuais do Sr. Mauro, era evidente que não poderiam esperar pela família. Se não tomassem uma atitude, ele deixaria de respirar em dez minutos.

“Dr. Ronaldo, não seria melhor esperar pela família?” a jovem vice–diretora médica, Lisa Gomes, falou cautelosamente, “Se fizermos cirurgia sem autorização…”

Se algo der errado, Sr. Célio não vai perdoar eles!

Nessa situação, não era uma questão de querer salvar, mas sim de poder.

A vida do Sr. Mauro estava nas mãos deles naquele dia.

“Pelo que eu vejo, devemos aplicar um sedativo e um remédio para o coração para aguentar até a chegada da família!” Lisa Gomes sugeriu novamente.

Os outros médicos não tinham alternativa melhor e, em silêncio, olhavam para o Dr. Ronaldo, esperando por sua decisão.

Lisa Gomes, ao ver que Dr. Ronaldo não dizia nada, assumiu a posição de “vila” e ordenou à jovem enfermeira, “Vá buscar o sedativo e o remédio para o coração.”

A enfermeira estava prestes a pegar os medicamentos.

Do fundo, Isabella falou, “Se aplicarmos a injeção agora, ele certamente morrerá.”

Se derem o sedativo e o medicamento para o coração, nem mesmo o mais renomado dos médicos vai poder reverter a situação.

O estado frágil do corpo do velho senhor estava tão frágil que não suportaria a ação dos remédios.

Essas injeções apenas dariam ele um breve momento de lucidez antes de parar de respirar em meia hora.

“Quem é essa garota? Fora daqui, as pessoas grandes estão ocupadas, não temos tempo para conversa fiada.”

Lisa Gomes não gostou dela e não sabia de onde ela tinha vindo. Vários médicos especialistas estavam discutindo soluções e essa garota estava atrapalhando.

“Charlatā.” Isabella não queria perder tempo com eles e estava pronta para sair.

Lisa Gomes, incapaz de se conter, repreendeu ela bruscamente, “Está falando de quem, hein? Pare aí!”

“Lisa, não brigue com uma garota, a condição do senhor é mais importante agora,” Dr. Afonso tentou acalmar a situação.

“Ela me chamou de charlatã!” Lisa Gomes não conseguia se acalmar e olhou para Isabella com desdém.

Ela era a vice–diretora médica mais jovem e talentosa do grupo, tinha recebido inúmeros prêmios e elogios, e essa garota teve coragem de questionar sua competência?

“Ela não entende a situação, por que você está a se importar com isso?” Dr. Afonso estava desesperado para resolver a situação

do senhor.

De qualquer forma, o paciente não poderia morrer no hospital; isso afetaria todos lá presentes.

Agora que não podiam operar e também não podiam deixá–lo morrer, só restava aplicar o sedativo e o remédio para o coração.

“O que você disse sobre quem é charlata?” Lisa Gomes se aproximou de Isabella, desafiadoramente perguntando, “Diga, estou

ouvindo.”

“Além de você quem mais poderia ser?” Isabella levantou o canto dos olhos, claramente desconsiderando sua autoridade.

“Você-” Essa garota é muito atrevida!

“Senhoressa situação é um caso perdido, tanto em literatura nacional quanto internacional. Nunca houve um caso assim antes! Pode–se dizer que, desde tempos antigos, ele é único!” Lisa Gomes enfatizava cada palavra com vigor. “Você tem noção da dificuldade da cirurgia? Quantos especialistas renomados em cardiologia consultamos, tanto aqui no Brasil quanto no exterior

Isabella ergueu uma sobrancelha com desdém. “Isso é porque vocês não são capazes.”

“Você é?” Lisa Gomes riu sarcasticamente e zombou. “Então faz você!”

Isabella olhou para o idoso na cama com um brilho rebelde em seus olhosfalando de forma descuidada. “Vocês não podem pagar pelo meu serviço.”

O quê.” Lisa Gomes achou isso bastante engraçado. “Este senhor aqui não é um homem comum, para ele, o dinheiro é apenas um número. Se você puder realmente salvar ele, não estou falando de dinheiro, eu me ajoelharia e te chamaria de pail!”

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