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Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida novel Chapter 558

Capítulo 558 

“Então você agora precisa consolar ele mais, até os cabelos dele embranqueceram.” 

Se não fosse por uma tristeza profunda, isso jamais teria acontecido. 

Célio conhecia a dor de perder um grande amor e, acariciando os cabelos de Isabella, disse, “Você agora é o pilar de sustentação dele.” 

“Sim, eu vou cuidar bem dele.” 

Após o término do velório, no dia seguinte, Isabella fez uma visita ao local onde sua avó vivia antes de falecer. 

O jardim, por falta de cuidado, estava com a maioria das plantas murchas, e o caminho de pedrinhas estava coberto de folhas caídas e pétalas de flores mortas. Com a partida da avó, parecia que toda a vida se esvaíra daquele lugar. 

Isabella mandou que limpassem toda a casa, por dentro e por fora, enquanto ela mesma -foi até o quarto onde sua avó dormia. Girou a luminária na parede e o armário se moveu 

automaticamente, revelando um pequeno quarto secreto. 

Dentro do quarto secreto, estavam todos os tesouros que sua avó havia acumulado ao longo da vida, alguns presentes valiosos que Isabella havia dado a ela, outros eram documentos de propriedades e cadernetas de poupança, além de coleções que a ancia havia guardado em sua vida. 

Era a dote deixado para Isabella. 

Num canto havia um cofre. Isabella digitou a senha, e após o acesso ser concedido, pegou o que havia dentro. 

Era um anel de jade que a avó pretendia dar a Célio, mas agora… as coisas haviam mudado, as pessoas não eram mais as mesmas. 

Isabella passou um bom tempo recordando, antes de abrir sua mochila e guardar todos os itens. Eram pertences que sua avó protegera com a própria vida, e ela não poderia deixar que caíssem nas mãos de Wilson Dias, 

No quarto secreto, ela também encontrou uma grande caixa, cheia de rabiscos que ela fazia desde criança e cartas que havia escrito para a avó. 

Nas cartas, ela prometia que, quando crescesse, levaria a avó para viajar pelo mundo, para dar a ela uma vida melhor… 

Ao ler aquelas palavras, Isabella sentiu os olhos marejarem, sem imaginar que promessas tão infantis seriam guardadas como tesouros preciosos. 

Para a avó, sua neta certamente valia mais do que qualquer joia, não é mesmo? 

10:48 

Com esse pensamento, Isabella lembrou-se da bondosa senhora e de todos os momentos que compartilharam… 

Ela então colocou a mochila nas costas, pegou a caixa e, após colocar o armário de volta no lugar, desceu as escadas e entregou a caixa a um de seus homens. 

“Leve para Vale Essência, para o meu quarto.” 

“Chefe, a senhora deixou essa caixa de tesouros para você?” O homem abriu os olhos, incrédulo, segurando a caixa com uma mão e levantando a tampa com a outra para espiar. “O que é isso? Desenhos de criança da pré-escola?” 

Dentro da caixa havia muitos outros objetos, incluindo os artesanatos que ela havia feito para sua avó quando era pequena, todos bem preservados. 

“Sim.” Isabella não disse muito, apenas olhou para a casa com um olhar de despedida. “Depois da limpeza, lembre-se de trocar as fechaduras.” 

Ela não poderia dar a Caterina Dias a chance de entrar. 

“Informe à administração para ficar de olho em Caterina Dias.” 

Ela não poderia ter nenhuma vantagem! 

“Wilson Dias, aquele idiota, com certeza já esteve aqui, tem marcas de revista por toda parte…” O homem comentou, descrente de que alguém pudesse ser tão baixo. 

Isabella endureceu o olhar, Wilson Dias nunca saberia da existência do quarto secreto atrás do armário… 

Era por isso que eles nunca haviam encontrado os tesouros! 

“Chefe, a senhora também deixou a casa para você?” 

“Sim.” 

Mas, se pudesse, Isabella não queria nada da avó, apenas queria que ela estivesse viva e 

bem… 

Depois de sair da casa, Isabella entrou no carro e entregou o anel de jade a Célio, “Isso é o que a avó queria dar para o futuro genro.” 

Célio não esperava que a senhora tivesse preparado um presente para ele antes de morrer, e se sentiu emocionado. 

“Aceite.” Isabella se recostou no assento, lembrando-se de mais momentos do passado, sentindo o nariz ainda mais sensível… 

Este longo verão estava prestes a terminar. 

Faltava cerca de uma semana para o início das aulas quando Isabella recebeu uma 

ligação inesperada. 

10:48 

“Sra. Isabella, por favor, venha rápido, o avô Leno tá querendo fazer besteira!! Ele não ouve ninguém!!!” 

Celio e estava ao seu lado, perguntou baixinho depois que 

aconteceu?” 

ela desligou: “O que 

“Eu preciso ir até Gramado.” Isabella se levantou e caminhou para fora, visivelmente tensa. “O Leno se meteu em confusão.” 

“Eu vou com você.” 

Célio disponibilizou seu jatinho particular e, em alta velocidade, pousaram na propriedade de Leno Abreu. 

A governanta, Mauro, veio ao encontro deles as pressas: “Sra. Isabella, está uma barra pesada! Esse… esse aqui é quem…?”. 

“Célio, o meu noivo.” Isabella respondeu secamente, apressando o passo para dentro. “O que aconteceu com o Leno?” 

Mauro cumprimentou Célio com um aceno de cabeça e seguiu o ritmo apressado de Isabella, relatando: “O avô Leno, desde que voltou do funeral, quase não come, não dorme, não bebe água, só fica olhando a foto da avó Dias, perdido nos pensamentos…” 

Isabella entrou no salão principal; onde várias empregadas se curvaram para 

cumprimentá-la. Era evidente que ela já havia estado ali antes e era tratada com grande respeito. 

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