Capítulo 843
A multidão ao redor deles murmuravam curiosas sobre a identidade da Isabella.
“Será que eles são estudantes de Medicina Legal?”
Pareciam tão jovens e até tinham um ar de casal…
“Não são namorados, serão?”
Ao ouvir a palavra “namorados”, Célio olhou para trás e lançou um olhar para a multidão, que silenciou com medo.
Esse senhor de rosto fechado e essa moça devem ser um casal…
Aquele olhar de advertência era inconfundível…
Por causa do crime, os turistas diminuíram e, depois de subirem a montanha de bondinho, os três caminhavam pelo caminho de vidro com poucas pessoas ao redor.
“Dennis, eu nunca imaginei que você temeria fantasmas, mas não corpos mortos”, Isabella comentou, achando graça no contraste adorável.
“Que isso, o Dennis não tem medo de nada! Ontem à noite foi uma exceção.” Dennis ainda tentava salvar sua imagem. “E você, tão jovem e nada te assusta.”
Ela realmente tinha uma coragem fora do comum.
“É porque ela já viu muita coisa, já se acostumou”. Célio não pôde deixar de comentar.
Ele se lembrava dela contar que tinha passado por muitas situações assustadoras no Triângulo Mineiro, cada uma delas suficiente para endurecer seu coração e torná-la mais
forte…
Dennis não conhecia seu passado e pensou que Célio estava se referindo ao fato de ela ser tão jovem e já tão experiente.
Ele concordou com a cabeça; realmente, nunca tinha visto alguém mais competente que ela, segurando um crânio com tamanha serenidade. Aquela firmeza psicológica e nível médico eram incomparáveis.
“Os vivos podem mentir, mas os mortos não.” Disse Isabella calmamente. “Revelar a verdade por eles é o objetivo comum de todos os peritos forenses. Então, Dennis, o seu trabalho é sagrado e admirável.”
Ao ouvir o elogio da irmã, Dennis ficou surpreso. Ele sabia que sua profissão era frequentemente rejeitada pela mãe, que se queixava dele lidar com corpos queimados, decompostos, mutilados e até com cheiro de morte…
A mãe achava tudo isso muito assustador, muito perigoso, muito estressante e prejudicial à saúde mental…
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Capítulo 843
Mas trazer paz aos mortos, confortar as famílias e restituir justiça à sociedade era exatamente ó que eles, os peritos, deviam fazer.
No seu trabalho, tinham que eliminar qualquer interferência para descobrir a verdade única dos mortos. Cada dedução poderia alterar a direção da investigação do caso, um erro poderia ser crucial.
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