Capítulo 944
Isabella já estava exausta, carregando Otília em suas costas. A cada passo, parecia que ela estava usando todas as suas forças.
Uma fina garoa caía enquanto ela levantava os olhos e, por um instante, vislumbrou Célio correndo para fora do Castelo.
Sua silhueta se fragmentava em várias sombras.
Isabella esboçou um sorriso, aquele cara, já chegou tão cedo? Não dormiu direito ontem.
à noite?
A visão cada vez mais turva, Isabella mal podia ouvir os meninos chamando- a de chefe, mas já não tinha forças para prestar atenção em cada um deles.
Seus passos se tornavam mais pesados e lentos, balançando a cada movimento, como uma montanha prestes a desabar
“Amor!”
Era a voz de Célio.
Ele correu até ela e ao ver Isabella coberta de sangue, seus olhos se encheram de lágrimas.
Isabella já não tinha forças, e desmaiou instantaneamente. No instante seguinte, Célio a
segurou a tempo.
Dennis também pegou Otília, mas seu olhar estava focado em sua irmã: “Isabella!”
“Chefe!”
Os vários garotos, vendo a chefe naquele estado, sentiram- se ao mesmo tempo tristes e furiosos.
“Filho da mãe, quem foi que fez isso, hoje não vamos deixar pedra sobre pedra no esconderijo deles, eu juro!”
Benito, que acabara de chegar da Flórida, viu a chefe ferida e seus olhos se encheram de lágrimas!
Tão parecido com aquela vez, anos atrás, quando a chefe foi gravemente ferida…
Eles pensaram que com sua ajuda, a chefe nunca mais se machucaria.
Vendo-o coberto de sangue, as lágrimas de Benito caíram: “Quem toca na chefe, vai pagar caro!”
Toni também cerrava os punhos: “Não vou poupar esses filhos da mãe!”
Tamir clamava cheio de indignação: “Irmãos, me sigam, vamos acabar com o covil deles!
1/3
00.30
Vocês, fiquem de guarda no Castelo, não deixem nem uma mosca entrar, o resto vem comigo!”
“Chamem um médico primeiro.” – Célio entrou com Isabella nos braços, os olhos marejados e a voz rouca: “Vocês já sabem em quem descontar a raiva? A saúde da Isabella é o que importa agora!”
Isabella estava gravemente ferida, e Otília também não estava nada bem, as duas foram colocadas no sofá da sala.
Benito, Toni e Tamir ficaram ao lado, olhando com dor para a chefe que já foi tão imponente, agora parecendo um cordeiro ferido.
Se pudessem, desejariam que a chefe fosse sempre aquele leão destemido.
Célio não sabia por onde começar. Ele queria secar a chuva do rosto de Isabella, mas percebeu que ela estava com o rosto pálido, com hematomas nos braços e marcas de faca.
Com a habilidade dela, como poderia ser facilmente ferida, e ainda por cima, havia marcas de balas…
Só de olhar já dava para imaginar o quão feroz foi a luta…
“Que diabos a Asa Dragão fez com Isabella e Otília para elas ficarem assim…” – A voz de Dennis estava rouca, e ele olhou para Otelo: “E o médico? Quando vai chegar?”
“Já está chegando, já está chegando!”
No Castelo, havia médicos de todos os tipos fazendo experimentos, e ao ouvirem que a chefe e a senhora estavam feridos, largaram tudo e correram para cá.
Célio começou a limpar as feridas de Isabella, sua voz rouca ecoava, preocupado:
“Isabella…”
Tantas feridas, deve estar doendo muito.
“Menina boba.” – Célio estava angustiado, com os olhos avermelhados, a voz rouca: “Você conseguiu, você finalmente trouxe as pessoas de volta.”
Comments
The readers' comments on the novel: Aurora Dourada: Retorno by Ricardo Almeida