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NÓS novel Chapter 68

Capítulo final.

Manuela.

Meses depois..

Finalmente véspera de ano novo, o final de um ciclo e o início de outro. Esse ano para mim foi uma loucura, minha vida mudou do dia para noite, eu hoje gostava de um cara que mal queria ver pintado de ouro e tinha ganhado o meu maior presente, meu herdeiro e minha vida.

O Benjamim.

Pedras no caminho? Teve, milhares delas, grande maioria me fizeram querer desistir de tudo, mas elas me fizeram ser uma pessoa forte, que batalha e de uma menina com vida fácil eu passei a ser uma mulher, que valoriza o que tem porque se esforça para ter suas coisas, que luta e consegue.

Tinha acabado o ensino médio, tive minha colação de grau e minha festa de formatura. O sonho de fazer faculdade de medicina lá fora eu teria que deixar de lado, eu tinha uma família aqui, um serzinho que precisava de mim e que eu queria ver crescer de perto. Eu sei que de eu fosse, estaria indo para no futuro dar o melhor para ele mas eu poderia fazer aqui e dar o mesmo futuro o mesmo.

Eu tinha escolhido ficar.

Há meses atrás eu rotularia este ano como o pior da minha vida, mas agora "olhando daqui, percebo que pessoas e circunstâncias tiveram um propósito maior na minha vida do que muitas vezes, no momento de cada uma, eu soube, pude, aceitei, ler. Parece-me, agora, que cada uma, no seu próprio tempo, do seu próprio modo, veio somar para que eu chegasse até aqui, embora algumas vezes, no calor da emoção da vez, eu tenha me rendido à enganosa impressão de que veio subtrair."

Deus tem o melhor para gente sempre e seus planos não devem ser questionados.

Nesses meses aconteceram muitas coisas, papai deixou duas das suas empresas para Gabriel e agora ele era o seu próprio chefe. Ben, tinha completado seus cinco meses e o tema do seu mesversário desse mês foi dos Minions e se eu contar que Alex veio fantasiado de Minion ninguém acredita.

Foi bizarro.

Diego tinha saído da empresa do seu pai, agora sua vida seria no Rio comigo e com Ben e não mais em São Paulo. Seu pai tentou acabar com sua vida de todas as maneiras, disse que não arrumaria outro emprego e iria passar toda dificuldade do mundo. E bom, agora Diego trabalhava para Gabriel, ele era seu braço direito pra tudo, ficavam de frente para os negócios juntos.

Tinha coisa melhor?

Eu tinha também saído da lanchonete, ficava distante demais pra mim e enquanto o Ben era mais novinho não tinha como ir trabalhar tão longe. Agora eu trabalhava em casa, ficava cuidando dos e-mails da empresa e outros assuntos, com o salário eu ajudava na casa, comprava as coisas para o Ben e o que eu sobrava eu guardava para quando começasse minha faculdade.

Não dependia do Diego para nada, ele me ajudava em muitas coisas mas eu gostava de ter o meu próprio dinheirinho.

Lya estava de viagem, iria passar o ano novo com seus avós em Curitiba. Mas mesmo de longe não deixava de encher o meu saco, todo dia me ligava por vídeo e me mandava milhares de mensagens.

Ligação on.

— Ai Lya, sério? — fiz cara de tédio — deixa de ser maluca e assume logo o que você sente pelo Alex — bufei e ajeitei o Ben no colo.

— Não sinto nada por ele — enfiou uma batatinha na boca — tá bom, talvez eu sinta — rolei os olhos — mas amiga, acho que ele não sente o mesmo, ele está diferente — choramingou.

— Ele continua o mesmo idiota de sempre e até acho que depois que você foi viajar, ele ficou meio tristinho — fiz biquinho.

— Quem? O Alex — Diego apareceu no meio da ligação. Abriu a geladeira e tirou um suco de caixinha.

— O Diego está aí? — arregalou os olhos.

— Sim, eu estou — sorriu. Pegou o Ben do meu colo e acenou com a mãozinha dele — tchau, tia Lya que tá apaixonada no meu tio Alex — afinou a voz e eu gargalhei alto.

— Sério, vocês são tão idiotas — fez cara de tédio — mas eu estou morrendo de saudades.

— Nós não — falamos juntos e ela deu o dedo médio.

— Vou desligar, amiga — levantou da cama e ajeitou o fone no ouvido — beijos no ben e feliz ano novo.

— É só meia noite — Diego gritou da sala — viu, é só meia noite — repeti rindo — beijos, piranha — mandei um beijo no ar e desliguei.

Off.

Nós tínhamos alugado uma casa de frente pra praia em Angra, onde tudo começou e iríamos passar a virada aqui. Estávamos em sete, era eu, Diego, Gabriel, Alex, Victor e os dois amigos dos meninos, Paulo e Larissa. Eles eram legais demais, namoravam a três anos e a Larissa era um amor de pessoa, sempre que pedia ela pra cuidar do Benjamin pra eu fazer algo, ela cuidava com muito carinho.

Ela adorava crianças.

Os meninos chegaram da praia, da cozinha eu vi os mesmos tirando o sal do corpo no chuveirão e se secando com a toalha. Quando Ben viu Alex abriu um sorrisinho deixando sua banguela amostra. Ele adorava esse tio pateta dele.

Gabriel morria de ciúmes.

— A razão da sua felicidade chegou — brincou com Benjamin que estava sentado no sofá.

— Meu Deus — Diego tampou o nariz e se levantou — acho que ele não acha isso não — rimos.

— Esse foi pra encerrar o ano com classe — Paulo fez careta. A coisa tava feia mesmo, Benjamin tinha empesteado a casa com o cheiro da sua fralda suja.

— Classe e fedor — Gabriel abanou as mãos na frente do rosto e nós rimos.

Eu, Larissa e Paulo começamos na cozinha, iríamos preparar a mesa para mais tarde e já tínhamos todo o cardápio. O resto ficou com decoração e bebida, mesmo sendo arriscado deixar os meninos com a decoração foi o que tinha sobrado, aliás, era melhor eles decorando do que cozinhando.

Se juntasse os quatro não dava um.

Os meninos enchiam bolas de lá e nós cozinhávamos de cá. De vez em quando eu dava uma olhadinha no Benjamin no bebê conforto mas ele sempre estava quietinho vendo desenho e brincando com seus brinquedinhos.

Ele não me dava trabalho algum.

— Alex, o pisca pisca era branco e não colorido — escutei Diego reclamando do quintal e me acabei de rir.

Chapter 68: Capítulo 67 1

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