Me limpei na água já que tinha areia grudado pelo meu corpo e isso me dava nervoso. Os meninos estavam jogando altinha e mesmo querendo socar eles até a morte eu joguei com os mesmos. Na verdade obriguei a eles deixarem eu jogar porque dito pelos mesmos eu era ruim demais.
— Cancela a Manuela, sem condições — correu pra pegar a bola.
— É, loirinha.. você é muito ruim — Victor fez cara de nojo.
— Isso é inveja da minha habilidade maravilhosa de jogadora de futebol — mandei um beijo no ar — Melhor que Neymar, amores.
— Se forçar mais caga — Diego jogou a bola para Gabriel.
— Cala a boca — bufei.
Victor na mesma hora olhou pra mim com um olhar sapeca e eu discretamente fiz sinal pra que ele ficasse de bico fechado. Diego não entendeu nada mas eu tinha percebido que ele tinha visto. Passamos a manhã toda e o início da tarde na ilha jogando bola, brincando de pique e várias outras coisas.
Parecíamos crianças.
— Eu tenho certeza que essa casa é assombrada — alex disse enquanto comia o biscoito.
— Valeu, caçador de fantasmas — peguei o saco de biscoito da mão de Diego que riu após falar.
— Vocês não me levam a sério — bufou.
— Claro que ninguém te leva sério, você só fala merda — deu um soco leve no braço de Diego e o mesmo riu.
Antes de irmos embora ficamos sentados na areia recuperando as energias que nos restavam já que gastamos sem pensar na trilha que nos esperava.
— Eu particulamente prefiro a morte — victor reclamou.
— Mal começou a trilha, deixa de ser sedentário — beberiquei minha água.
— Pois vai pra merda, Dora aventureira radioativa — rolei os olhos.
— Eu pensei que esse apelido era meu — Diego parou no meio do caminho e colocou as mãos na cintura.
— Todo seu, querido — passei pelo mesmo.
— Você é de chernobyl — alex piscou ao passar por ele também.
Dizem que pra descer todo santo ajuda e era verdade, a volta foi muito mais tranquila por ser mais descida do que subida.
Agradeci mentalmente por isso.
— A gente nunca mais vai escutar ideia de Diego — Gabriel resmungou.
— Ele é total sem noção — Victor rolou os olhos.
— Nem as ideias de Alex foram tão ruins quanto a de Diego — disse descendo com cuidado a ladeira.
Qualquer falta de atenção eu iria sair rolando.
— Até que enfim alguém me deu razão — balançou a cabeça para um lado e para o outro girando o olhos em órbitas.
Uma hora depois nós chegamos no hotel e decidi que nunca mais iria fazer trilha na minha vida, nem me pagando. Almoçamos e depois disso cada um foi para seus respectivos quartos. Os meninos marcaram de beber na praia a noite já que não tinha muito coisa pra fazer, o carnaval tinha acabado e tudo praticamente já estava em programação normal.
Ou seja, não tinha nenhuma baguncinha para nós.
Tomei uma ducha demorada, lavei meu cabelo e aproveitei pra fazer uma hidratação no mesmo. Fiquei meia hora de baixo do chuveiro, sai com uma toalha no corpo e uma secando o cabelo.
O bom de hotéis é que as toalhas são trocada então sempre estão com um cheiro ótimo.
Eram cinco da tarde, coloquei um short jeans clarinho e um sutiã de renda preta, como os meninos tinham marcado oito horas decidi deitar um pouco.
Trilha mais pós almoço são duas coisas que não combinam.
Eu estava exausta e bêbada de sono.
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