Nossos rostos estavam cada vez mais próximos, tão próximo que eu sentia o hálito fresco de Diego. Nossos olhares parecia que se perdiam enquanto nos encarávamos e o olhar em direção a boca também era frequente naquele momento.
Que merda estava acontecendo?
Já bem próximos, Diego encostou seus lábios macios nos meus delicadamente e eu cedi. Pediu permissão para que pudesse explorar minha boca e eu a dei. Era um beijo calmo e lento, parecia que nós tínhamos todo tempo do mundo. Apertou minha bunda suavemente enquanto sua outra mão subia pelas minhas costas até chegar em meu cabelo onde seus dedos ficaram entre eles. Diego puxou minha cintura para ficar mais perto do seu corpo e eu arfei.
Quando acabou o fôlego nossas testas se encostaram e com a respiração profunda nós nos olhávamos talvez tentando entender o que tinha acontecido ali, o que tinha acontecido com nós dois.
Nós nos desgrudamos aos poucos, não conseguia decifrar o que Diego expressava, ele me olhava sério e ao mesmo tempo olhava diferente. Meu coração só faltava sair pela boca, da mesma forma que eu não sabia o que tinha dado nele eu também não sabia o que tinha dado em mim.
— É.. é..— gaguejei — E..eu..vou..
O caso da menina que tem todas as respostas na ponta da língua mas quando fica nervosa vira gaga.
Voltei para onde estava acontecendo o Luau e pedi um drink de morango para o Barman que me entregou o mesmo rapidamente. Nunca vou entender essa agilidade que eles tem de fazer uma bebida na velocidade da luz, se fosse eu toda atrapalhada do jeito que sou ia derramaria bebida pra todo lado. Sentei em uma das caldeiras altas que ficava de frente para o balcão e fiquei pensando no que tinha rolado entre eu e Diego.
Esperava tirar isso da minha cabeça logo.
— Já bebendo, senhorita Manuela? — Alex cruzou os braços, estava segurando uma cerveja. Palhaço, né?
— E você pelo visto também, senhor Alex — olhei para garrafa em sua mão com a sobrancelha arqueada.
— Ah, isso? — escondeu a mesma atrás do corpo — Isso é água que eu pedi pra colocar nessa garrafa.
— As vezes você fala merda mas hoje você se superou — Gabriel balançou negativamente.
— Você viu o Diego, loirinha? — victor perguntou após pedir um drink também para o Barman e eu gelei.
Só ai que eu lembrei deles, pra ser mais específica do Gabriel. Será que eles tinham visto?
Puta merda.
— Não — menti.
Não sabiam se eles não tinham visto nada ou se eles tinham visto e estava vendo até onde meu papel de maluca e desentendida ia.
E se deixasse iria muito longe.
Sonsa não, atriz.
Ele deu ombro e mesmo eu sendo super curiosa eu nem quis saber o porque, não sabia qual era a deles e não queria pagar pra ver. Qualquer coisa eu iria negar até a morte, principalmente para Gabriel que me mataria se descobrisse.
Saímos de onde estávamos e ficamos no meio do Luau, onde estavam as pessoas conversando, bebendo e umas até dançando. Tinha uma fogueira um pouco de distante da gente, era um pouco grande e seria perfeita para mais tarde ficar perto da mesma quando o frio batesse.
— Essa fogueira parece o fogo no rabo da Manuela — dei um tapa no braço de Gabriel que ria junto com os outros.
Nenhum minuto de paz.
Diego tinha chego e eu ignorei total sua presença ali como de costume mas confesso que me deu um frio na barriga. Ele cumprimentou os meninos e ficou conversando com os mesmos.
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