Alex.
Loirinha não atendia o telefone de jeito nenhum, caia direto para a caixa postal. Tinha saído do trabalho mais cedo, queria passar lá para ver como essa doida estava e ela não me atendia por nada. Como ainda era cedo, umas onze horas por aí decidi passar no colégio dela, pelo o que eu sabia daqui a pouco, mais ou menos, era hora que ela metia o pé.
Isso era se ela tinha ido, a bicha parecia amar faltar aula.
Nem cogitei a ideia de ela estar com Diego, hoje pela manhã ele tinha me ligado e explicado toda treta que havia acontecido entre ele e o pai dele e com isso, meteu o pé cedinho para São Paulo novamente. Achei maior vacilo da parte dele ter deixado a loira sozinha nessa, independente se ele ia bancar ela de lá, assistência é tudo e pelo o que ele falou, a volta não era certa.
Diego depois de uns problemas que passou, se tornou um cara muito frio, muito correto e sério. Me surpreendia tal atitude de voltar para São Paulo com tudo isso que estava rolando aqui, ele e Manuela, a Manuela e o filho deles que estava por vir. Não sabia se o motivo do sumiço dela era esse, achava provável pois mesmo ela querendo negar para Deus e o mundo, sabia que ela estava envolvida sentimentalmente com Diego e isso com certeza, havia abalado ela.
Em meia hora cheguei em frente ao colégio de Manu, saltei do carro e fiquei esperando o portão abrir encostado no carro. Meio dia em ponto o mesmo abriu, as pessoas começaram a sair mas nada da loirinha. Sua amiga extremamente gostosa, que eu já tinha visto em alguns lugares e que se eu não me engano yde chamava Lya saiu acompanhada de um moleque.
— Lya? — corri atrás dela, a mesma virou pra mim e sorriu — você é a amiga da loirinha, não é?
— Da piranha da Manuela. Sou eu mesmo — riu — você é aquele menino que estava na mudança, não é? Alessandro, eu acho.
— Alex — a corrigi — sou muito bonito pra se chamar Alessandro — cocei a garganta dando um sorriso forçado e nós rimos — loirinha não veio hoje não?
— Não — ela e o moleque que estava com ela balançaram a cabeça negativamente — ela não está em casa? — perguntou com a testa franzida.
— Não — tirei o celular do bolso — estou tentando ligar mas cai direto na caixa postal.
Lya colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto procurava o celular na mochila e quando achou o mesmo, na mesma hora ligou para Manuela mas sem resposta como o esperado. Ficamos quase meia hora ligando para a loirinha, eu estava começando a ficar preocupado e a Lya estava quase surtando.
— Vocês querem ir comer em algum canto? — perguntei após guardar o celular no bolso — tô morrendo de fome e de lá a gente passa na loirinha pra ver qual é da dela ou sei lá.
Eles assentiram, fomos caminhando em direção ao carro e próximo do mesmo destravei para entrarmos. O tal do moleque de chamava Pedro, ele também estava tentando entrar em contato com a loira mas como o de sempre, caia na caixa postal. Fomos o caminho cogitando lugares que Manuela poderia estar, o primeiro era a casa de Diego e o segundo era a lanchonete onde era trabalhava mas pelo o que eu sabia, ela só abria de tarde.
— Tô achando que essa filha da puta foi pra São Paulo e abandonou a gente — Lya disse com o telefone no ouvido — e nem pra me levar junto.
— Acho que o Diego falaria — beberiquei meu refrigerante — na verdade não sei, eles dois são malucos.
— Pois é — suspirou.
Almoçamos rápido, estava nervoso com isso, queria saber onde a loirinha estava e se estava tudo bem. Pedro meteu o pé do restaurante mesmo, apenas eu e Lya ficamos pra ir na casa de Manuela e se a parada não estivesse tão tensa, eu até pensaria em jogar uns verde pra essa gata da amiga dela pra colher maduro, sério. O restaurante ficava próximo do bairro onde a loira morava então chegamos lá em menos de vinte minutos.
Parei em frente ao portão social, gritamos Manuela quase uns quinze minutos direto e tentamos ligar para a mesma não sei quantas vezes.
— Não é possível — Lya disse sacudindo as pernas e tentando ligar pela milésima vez para a Manuela.
Estava pensando em avisar os garotos sobre o sumiço da loira, não queria preocupar Diego mas o foda é que o tempo passava e ela não dava uma notícia, não era só ela que ela estava em jogo, o bebê também. Ia esperar mais um pouco antes de avisar pelo menos para Victor e depois falar com Diego, caso não tivesse notícias até de noite.
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