Era Diego, estava encostado no corrimão e com um sorriso sarcástico no rosto. Rezava pelo dia que teria a oportunidade de arrancar dente por dente seu, eu queria ver ele ser debochado banguela.
- O que foi, Diego? Tá fazendo o que aqui? - me ajeitei.
- Encontro você lá em baixo, loirinha - caio disse antes de descer e eu assenti.
O ódio que eu estava sentindo não estava escrito, por que caralhos ele tinha que estragar o momento?
- Qual é a tua, garoto? - cruzei os braços - Tá me seguindo?
Ele riu debochadamente e meu sangue ferveu.
- Seguir você pra que, Manuela? Se enxerga- seus olhos rodaram nas órbitas - Qual é a tua com o Caio?
- Ta perguntando por que? - arqueei a sobrancelha.
- Sou uma pessoa curiosa - rolei os olhos.
Ele só podia estar de brincadeira.
- Se quiser falar para o Gabriel, vai lá - disse perto do seu pé do ouvido - Não me surpreenderia vindo de você.
- Não gosto de surpreender ninguém mesmo - deu um sorriso de lado.
Eu era uma garota com repostas na ponta da língua mas Diego sempre estava a minha frente com seus deboches e sarcasmo. Isso me irrita demais.
Ele era uma pessoa insuportável, minha opinião e meu ódio por ele nunca iriam mudar. Desci e fui direto para a cozinha, bebi uma água e coloquei minha bolsa em um canto. Voltei para onde os meninos estavam, meu coração ainda estava acelerado, foi um puta susto e tudo era culpa do Diego.
Tudo bem que eu não deveria estar beijando o amigo do meu irmão e muito menos o beijando no lugar que eu estava, sabia do risco que eu estava correndo mas mesmo assim aquele idiota não deixava de ter uma parcela de culpa.
- Pô, não sabia que você tinha algo com Diego, sério me des..
- Eu não tenho - o interrompi - Ele é louco.
- Parece que ele gosta de você - me entregou uma bebida e eu fiz uma careta.
ri alto, ele não poderia estar falando sério.
- Não viaja - rolei os olhos - O único sentimento que nós temos um pelo o outro é ódio.
- Então tá, nervosinha - levantou os braços como se estivesse se rendendo - não está mais aqui quem falou.
Uma hora dessa e eu era obrigada a escutar com isso.
Ficamos rindo dos meninos que juravam estavam bem mas na verdade estavam mais bêbados que outra coisa e só Victor que salvava ali.
- Sabe que eu te considero pra caralho, né? - Gabriel envolveu o braço no pescoço de Victor que fez uma careta ao sentir seu bafo de cachaça - Mesmo você sendo uma frouxo, eu te amo pô.
- Dizem que é bêbado que falam a verdade, né - caio disse rindo e victor rolou os olhos.
Alex colocou o som as alturas e daqui a pouco os vizinhos iriam apedrejar sua casa. Ele sóbrio já era sem noção, quando estava bêbado isso só duplicava.
- Qual é Manuela, Gabriel está ruim, é perigoso pra você entrar em um táxi essa hora da noite.
- Se quiser eu posso te levar, manu - Caio se ofereceu, ele já estava indo e era caminho pra ele.
- Aceito - sorri - Vou pegar minhas coisas..me ajuda a levar Gabriel até o carro? - ele assentiu.
- Vou com o caio mas obrigada - pisquei e sai com um sorriso sarcástico.
Diego tinha que parar com essa mania de querer achar o que era melhor pra mim ou não, quem sabia o que era bom ou ruim pra mim era eu e não um mimado que achava que podia ser autoritário com quem ele bem entendesse.
Eu era diferente das meninas que ele ficava, primeiro que eu sentia um total de zero interesse nele e segundo que eu o odiava.
Caio me ajudou a colocar Gabriel que não parava de resmungar no seu carro e demos partida após nos despedimos de Victor que iria dormir na casa de Alex. Fomos conversando o caminho quase todo, eu estava mega cansada e só queria chegar em casa logo.
Depois de uns vinte minutos nós chegamos. Eu insisti dizendo que não precisava mas ele quis porque quis me ajudar a levar Gabriel até o apartamento.
- Obrigada - disse ofegante.
- Precisa agradecer não, loirinha - sorriu.
Antes de ele ir embora nós ficamos dando uns pega na sala mas não passou de beijo e mão boba, eu estava cansada, só queria deitar e dormir. Assim que ele foi embora eu entrei direto no banheiro e tomei uma ducha rápida, coloquei um blusão e deitei.
Apaguei em segundos.
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