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NÓS novel Chapter 17

Manuela.

Ainda estava em choque, quando acordei Diego estava do meu lado dormindo sentado todo torto na beirada da cama. Não lembrava de ele ter me trago para o quarto mas era um coisa possível já que eu tinha enchido a cara ontem. Tomei um banho demorado pois tinha lavado o cabelo que estava só pela misericórdia. Coloquei uma toalha no corpo e fiquei secando meu cabelo no secador. Vesti o mesmo traje de todos os outros dias, um shortinho jeans apertadinho e um biquíni cortininha preto e neon. Prendi meu cabelo já seco em um coque e coloquei meu óculos escuro.

Por incrível que parecia eu não estava com fome, estava enjoada e isso provavelmente seria a ressaca.

Beber é bom mas a ressaca é horrorosa.

Hoje eu estava querendo praia, peguei minha canga, bronzeador e meu celular. Não fazia ideia dos meninos, deveriam estar dormindo ou sei lá. A piscina do hotel estava bem movimentada, estava bem cheio aqui hoje. A praia nem estava tão cheia quanto eu achei que estivesse, caçei um lugar para eu por minha canga e deitei na mesma após tirar meu short jeans. O sol estava bem forte, fritando qualquer um. Passei bronzeador e deitei de bruços.

Geralmente quando eu pegava sol, eu sempre dormia e acordava igual um camarão e toda ardida então eu tentava não dormir. Dobrei o short e o coloquei no rosto pra ficar mexendo no telefone já que não estava enxergando nada, nem percebi a presença das criaturas de Deus.

— Que susto — tirei o short do rosto e me virei.

— Isso é o que eu levo toda vez que eu te vejo — Alex disse se sentando na ponta da canga e dei língua.

— Como vocês me acharam? — rolei os olhos. Nenhum minuto de paz com eles.

— Com essa bunda ai pra cima da pra vê você lá do centro de Angra — gargalhei. Victor era tão idiota — Parece um morro, tampa até o sol.

— Tá reparando demais — Gabriel deu um tapa no braço de Victor.

Insuportáveis, né?

Ficamos conversando sobre a noite passada e eles falaram um monte de coisa que eu tinha feito e não lembrava, tirando a parte do gatinho que eu beijei, isso eu lembrava muito bem.

Saudades inclusive.

— Loirinha hoje vai passar o rodo — empurrei fraco e rimos.

— Vou quebrar o rodo na cabeça dela — Gabriel disse irritado.

— Corre que o corno tá puto — deu o dedo médio para Victor.

Antes de irmos almoçar nós ficamos na água um pouco, estava muito calor pra ficar só sentada na areia. Eu gostava muito de praia mas tinha um medo enorme de tubarão, qualquer coisa que encostasse no meu pé eu já fazia aquele escândalo, por isso sempre ficava no raso que era pra não dar merda.

— Toda velha já e com medo de ir para o fundo por causa de tubarão — Gabriel disse saindo da água e passando a mão entre os cabelos.

— Essa foi boa — Alex não se aguentava em pé de tanto rir — O tubarão olha pra você e vê que é prejuízo, se toca — dei o dedo médio.

— Vai tomar no cu vocês, sério — disse irritada.

— Fica no raso até levar um caixote — Victor disse rindo.

— Esse tipo de oferenda a Iemanjá recusa — Gabriel riu.

Onde que coloca eles no silêncio total? Pra não falar nunca mais.

Fomos almoçar no hotel e pedimos um camarão na moranga, eu amava. Os meninos ligaram para Diego e nada de sinal do mesmo, enquanto eles estavam querendo saber dele eu só estava com fome e esperando minha comida mesmo. Meia hora depois o nosso pedido chegou e minha boca automaticamente encheu d'água. Meus olhos brilhavam, parecia criança quando ganha brinquedo.

— Olha a draga — Alex me observava colocando a comida no prato — Deus me livre — rolei os olhos.

Fizemos a refeição conversando um com o outro, o camarão estava mega gostoso, eu repeti umas três vezes. Diego chegou e se sentou a mesa, seu rosto estava meio amassado, deveria ter acabado de acordar.

— Onde você estava, seu corno? — Alex perguntou apoiando os dois cotovelos na mesa.

— Tô te comendo agora? — se sentou.

— Grosso — bufou — É assim que se trata sua mulher?

— Alexandra ficou bolada — Gabriel bebericou seu suco.

— Não fode — deu o dedo médio.

Diego me olhou rápido, fiquei meio sem graça, talvez deveria ter sido muito grossa mais cedo. As vezes eu deixava a raiva falar mais alto. Ele pediu um prato executivo e nós ficamos um bom tempo ali no restaurante jogando conversa fora e esperando Diego acabar de almoçar. Hoje nós iríamos ficar pelo o hotel mesmo já que iria ter uma festa aqui a noite.

— Essa noite promete — Gabriel passou a língua no lábios e esfregou as mãos.

— Promete você dando perda total, né? Só se for — Diego riu.

— Ainda prefiro o carnaval de rua — Alex rolou os olhos.

— Você não faz nada além de dar trabalho pra gente e deixar sua dignidade no negativo, Alex — falei e o mesmo bufou.

— A loirinha tá certa — victor apontou pra mim.

— Sempre estou — mandei um beijo no ar.

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