Semanas antes, primeiro dia de carnaval.
Lya.
— Filha, seus amigos estão na sala te esperando — minha mãe apareceu na porta do quarto e eu assenti terminando de passar o rímel.
Não podia estar mais feliz, o carnaval tinha começado e pra ficar junto ao tema meu coração estava igual uma escola de samba.
Não via a hora de ver os gatinhos.
Peguei meu celular e dentro da capinha do mesmo coloquei minha identidade com dinheiro, não curtia sair de bolsa e ainda mais para esses lugares.
Natália, Pedro e Gusta estavam me esperando na sala e em uníssono disseram "uau".
— Incrível — Gusta me analisou — Você demorou mil anos para se arrumar e voltou a mesma merda.
Desfiz o sorriso e dei o dedo médio para ele que riu e fez um coração com as mãos.
Idiota.
— Tá linda, amiga — mandei um beijo no ar para Naty.
— Você também.
Ela estava fantasiada de fada, tinha caprichado na maquiagem e se enchido de porpurina, estava um arraso a bicha.
Mas é aquilo né, se não for pra causar é melhor nem ir.
— É, da para o gasto — joguei uma almofada em Pedro que me tacou de volta.
Me despedi da minha mãe e saímos. Esse ano a Manu não iria passar conosco e no início até fiquei desanimada mas ela disse que não queria me ver desse jeito pois não combinava comigo e nós ainda passaríamos milhares e milhares de carnavais juntas.
Levamos uns vinte minutos para chegar na orla de Copacabana e a mesma estava lotada.
Não era surpresa pra ninguém.
Gusta e Pedro foram comprar bebidas para nós e mesmo sem uma gota de álcool na boca eu já rebolava o funk que tocava.
Eu gostava de aproveitar cada minuto da melhor época do ano, até porque são apenas quatro míseros dias.
Vacila quem quer, eu que não posso.
Eles voltaram com quatro copos enorme de caipirinha e deram um pra mim e um para Naty.
— O que ficar menos bêbado é o cabeça do grupo — Pedro bebericou sua bebida.
— Essa responsa não é pra mim — ri.
— Nem pra mim — Naty ergueu as mãos rindo.
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