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NÓS novel Chapter 47

Cheguei na Pub por volta das nove e dez da noite e como de costume, estava lotada. Fiquei na fila uns vinte minutos, entrei e cacei o pessoal que estava na parte de cima da Pub, no camarote.

- Porra, até que em fim - Lya veio em minha direção com os braços abertos.

- A mais linda chegou - cumprimentei o resto do povo.

- Coitada, é cega tadinha - Gusta fez beicinho e dei um tapa nele.

A música estava alta, tocava um funk e lá de cima se via pessoas já alteradas dançando e cantando.

Que saudades que eu estava disso.

Fui até o bar e bebi um suco de laranja, essa vida light não era pra mim mas já não colava mais ser a Manuela cachaceira, estava prenha.

- Para tudo - Natália fez cara de surpresa - Você bebendo suco? - colocou as mãos na cintura.

- Aposto que tem três gotinhas de álcool ai - Pedro se encostou no balcão e eu ri.

- Tô parando de beber, meu deus - rolei os olhos - não posso?

- O que fizeram contigo, mulher? - Gusta fez voz de mulher e nos acabamos de rir.

Voltei para a mesa onde nós estávamos com meu suco e ficamos conversando, de vez em quando eu dava uma olhada no celular pra responder Caio, o mesmo também estava aqui e tínhamos marcado de nos encontrar.

Não achei má ideia, gostava de Caio e da sua companhia.

Estava matando a saudade da Pub, do pessoal aqui cantando e zoando, fazia tanto tempo que não vinha, que não saia, parecia que eu tinha desaprendido a curtir. Eram dez e pouca e pouca já, Lya se encontrava por mais que bêbada e junto a ela, Gusta e Pedro também.

Eu e Natália éramos as únicas boas no meio de todo mundo.

- Quem diria, Manuela Herrera sóbria em um sabadão desse - me deu uma leve empurrada e eu ri.

- A santidade chega pra todos - beijei o ombro.

- Não é porque você parou de beber que virou santa - Lya apareceu do nada - o fogo no cu continua o mesmo - rolei os olhos.

Peguei meu celular e pela barra de notificação havia duas mensagens de Caio, enrolei com o pessoal e fui saindo de fininho, era óbvio que se eles vissem o interrogatorio era certo. Caio estava me esperando no lado de fora da Pub, passei pela multidão segurando minha bolsa, ouvi umas piadinhas de alguns homens e ignorei total.

Macho escroto era igual corno, todo lugar tinha.

Me afastei um pouco das pessoas que estavam na calçada e procurei com os olhos Caio e o mesmo estava no outro lado da rua encostado em seu carro. Atravessei a mesma e fui em sua direção, logo o mesmo guardou o telefone no bolso e abriu um sorriso e veio de encontro a mim.

- Quanto tempo, loirinha - disse me abraçando e eu sorri.

Que homem cheiroso, me tirou até as palavras.

Caio destrancou o carro, abriu a porta pra mim e eu adentrei no mesmo colocando o cinto de segurança.

- Pra onde você quer ir? - disse após entrar no carro e pôr o cinto.

- Me surpreenda - sorri.

- Abusada toda vida - rimos.

Nós fomos o caminho conversando sobre tudo, ele me contou da sua vida nesse meses passados e acabei falando da minha também, tirando algumas partes, claro. Adorava essa energia que Caio transmitia, ele me fazia sentir bem ao seu lado e parecia que nos conhecíamos a tempos.

Ele parou o carro em frente ao um restaurante, que ao meu ver, parecia ser bem chique. Saímos do carro juntos, Caio pegou na minha mão entramos no restaurante de mãos dadas, foi estranho, na hora eu senti um frio na barriga mas acabei cedendo.

- Se você tivesse escolhido outro lugar, eu estava ferrado - disse baixo enquanto andávamos em direção a mesa que o garçom nos levava e eu o olhei confusa - já tinha reservado aqui para nós - sorriu.

Não havia me enganado, o restaurante era realmente chique, as pessoas estavam mais que elegantes aqui e agradeci mentalmente por ter dado o melhor de mim na arrumação hoje. Nos sentamos, o garçom entregou o cardápio para nós e demoramos pra decidir o que iríamos querer.

- Vou querer um vinho, por favor - fechou o cardápio e sorriu amigavelmente para o garçom que anotava o pedido de Caio.

- Um refrigerante, por favor - dei meio sorriso e coloquei o cardápio na mesa.

A noite estava sendo ótima, eu e Caio ficamos rindo e conversando, passamos inúmeras vergonhas e umas delas foi ter uma crise de riso enquanto todo restaurante estava praticamente em silêncio e só se ouvia o som da nossa risada.

Foi hilário.

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