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NÓS novel Chapter 49

Eram seis da noite, Caio dormia tranquilamente agarrado em minha cintura, ele era a coisa mais linda dormindo que dava até pena de acordar. Me levantei silenciosamente, catei minha roupa que estava pelo chão e fui em direção ao banheiro tomar uma ducha.

Eu e Caio tínhamos passado o dia juntos e tinha sigo maravilhoso. Depois do almoço ficamos agarradinhos no sofá assistindo televisão e passamos a tarde toda transando. Era estranho como eu não sentia vergonha do meu corpo com ele, tive medo de que ele percebesse minha barriga mas graças a Deus isso não aconteceu.

Passei desodorante e hidratante de Caio que estava no banheiro e vesti minha roupa. Antes de deixar seu quarto despejei um beijo na sua testa e ajeitei a coberta em seu corpo. Desci as escadas em silêncio e peguei minha mochila que estava em cima do sofá e meu telefone que estava em cima da bancada da cozinha.

Pedi um Uber e fiquei esperando em frente ao condomínio de Caio, a rua estava escura e deserta e só não me cagava mais de ficar ali esperando por conta do porteiro que estava próximo a mim. Depois de uns dez minutos um carro prata parou na minha frente, chequei no aplicativo se a placa batia com a do carro e entrei no mesmo.

— Boa noite — disse educadamente e o motorista sorriu.

Mexi no celular o caminho todo, respondi algumas mensagens e me atualizei em outras redes sociais já que fazia um tempinho que não entrava. Sem querer entrei na caixa de mensagens do telefone, havia milhares que eu nem me dava o trabalho de ver mas uma recente, de um número desconhecido chamou a minha atenção.

Apertei na mesma desconfiada, ela era recente, olhei a data e era a mesma a de hoje. Li a mensagem que era apenas uma frase, não havia entendido a da mesma, fiquei encarando o telefone minutos até o motorista tirar minha atenção puxando um assunto qualquer após parar no sinal.

— Dia ruim, senhorita? — olhou pra mim pelo retrovisor.

— Não — ri fraco — pelo menos esse não — sussurrei pra mim mesma.

— Hoje o trânsito está colaborando com meu dia — sorrimos — é muito cansativo, não vejo a hora de chegar em casa e ver meus filhos.

— O senhor tem filhos? — perguntei e ajeitei minha mochila no colo.

— Sim, três — disse sorrindo — eles são minha vida — sorri.

Parei de pensar na tal mensagem, provavelmente seria alguma pessoa que deveria ter mandado errado e eu estava com zero cabeça pra me preocupar com isso então deixei para lá. Durante o caminho fui conversando com o motorista, seu nome era Jorge, trabalhava na Uber poucas meses por necessidade, havia perdido o emprego e sua única fonte de renda no momento estava sendo rodar de carro pra lá e pra cá. Ele me falou de sua família, de seus filhos e até mostrou umas fotos que havia na carteira e eles eram as coisas mais lindas.

Depois de uns quarenta minutos Jorge parou em frente ao prédio de Diego, paguei o mesmo e sai do carro o agradecendo. O porteiro que já me conhecia destravou o portão para que eu pudesse entrar, o cumprimentei e fui em direção ao elevador. Havia uma menina de cabelos escuros, segurando uma bolsa de lado, vestindo uma calça jeans justa e uma regata esperando o elevador também e assim que o mesmo chegou nós entramos juntas.

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